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Vasto Mundo, conto de Maria Valéria Rezende

     A moça chegou do Rio. Logo se vê... tão alvinha! Saiu daqui miúda, não diferenciava em nada das  outras meninas da escola minicipal. Foi o padrinho que a levou. Voltou essa moçona. Veio passar o São João. No meio das outras moças, na frente da igreja, ela agora diferencia até demais. O vestido bonito, mais altura, as unhas compridas e vermelhas, movendo os braços, dando voltas e requebros enquanto fala. E fala sem parar.  As outras mais matuts ainda unto dela, são apenas molduras para o quadro. Para os olhos de Preá, nem moldura. Não existem. Não existe mais a igreja, a praça, a vila, nada. Só a moça.      Preá outro nome não tem. Quem poderia dizer era a velha, mas morreu sem que ninguém se lembrasse de perguntar. Para a maioria do povo de Farinhada, hoje parece que ele sempre esteve ali, que sempre foi assim, uma coisa de vila como a igrea, a ponte sobre o riacho, os bancos de cimento da pracinha. Mas alguém se lembra;  chegou um dia c...