Beretê! No teu sangue tumultuaO ódio às bandeiras invasoras... Passa
Da tua vida na paisage nua
O amor - vento de glória e de desgraça.
Se em tu corpo morno se insinua
Flor de beleza e de frescura, - a graça,
O orgulho dos teus gestos perpetua
O indomável ardor da tua raça.
Em teus olhos pequenos e selvagens
Como no espelho imóvel das paisagens
Vejo rios, penhascos e cachoeiras...
E a tua voz sem timbre me parece
Um som confuso de borés que viesse
Do fundo das florestas brasileira...
Imagem: Mulher mulata, Portinari 1939
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