Les eclaves... Est-ce qu'ils ont des dieux? Est-ce qu'ils ont des fils, eux qui n'ont point d'aieux? (Lamartine) No canto tristonho Do pobre cativo Que elevo furtivo, Da lua ao clarão; Na lágrima ardente Que escalda-me o rosto, De imenso desgosto Silente expressão; Quem pensa? - O poeta Que os carmes sentidos Concerta aos gemidos De seu coração. Deixei bem criança Meu pátrio valado, Meu ninho embalado Da Líbia no ardor; Mas esta saudade Que em túmulo anseio Lacera-me o seio Sulcado de dor, Que sente? - O poeta Que o elísio descerra Que vive na terra De místico amor! -Roubaram-me feros A f'ervidos braços; Em rígidos laços Sulquei vasto mar; Mas este queixume Do triste mendigo, Sem pai, sem abrigo, Quem quer escutar?... Quem quer? O poeta Que os térreos mistérios ...
Quando os dois amigos se encontravam, um deles sempre tinha pressa. No instante mal cabia um aperto de mão. O gesto afetuoso perdia-se no ar, inacabado. - Precisamos nos encontrar! - exclamava o amigo vitorioso e apressado, e talvez uma fagulha de satisfação cintilasse no olhar do outro que sempre respondia, catando as migalhas da antiga estima: - Telefone. Tenho o nome no catálogo. O amigo sempre ocupado, não dispunha de tempo para deter-se na calçada ou no meio da rua, tirar o caderninho de notas e escrever-lje o nome e número do telefone. Mas não havia necessidade desse ritual miudo: seu nome estava no catálogo telef6onico! Contava, à noite, à sua mulher, que encontrara o amigo de infância. "Estive hoje com o Felisberto Barrosso."dizia o nome todo, embora ambos tivessem sentado juntos nos bancos do grupo escolar. chegara mesmo a salvá-lo uma vez de morrer afogado. Felisberto ( ou Feli...