Pular para o conteúdo principal

Lembram do Jovem Que Sumiu?

       Pois é...  
      O jovem de 24 anos, Bruno Borges, da cidade de Rio Branco - AC, cuja história de desaparecimento misterioso foi largamente divulgada,  lançou um livro que está vendendo bem. 
     Segundo a PublishNews, Teoria da Absorção de Conhecimentos está entre os 20 livros mais vendidos na categoria não ficção.   

      Não sei ainda se é um bom livro, não conheço ninguém que tenha lido.  Por enquanto, sei apenas que o jovem psicólogo fez um trabalho de marketing muito bem feito. Com uma história de suposto desaparecimento, criou uma curiosidade formidável.  
     Bruno começou agora a história de um novo escritor recluso?   
    Bruno, em algum momento, vai contar sobre seu sumiço?  
     Todos os volumes vão ser lançados?  O(s) mistério(s) vai(vão) sustentar a boa venda  ou o conteúdo é que vai garantir o sucesso do Bruno Borges?  

Alguém que tenha lido o volume lançado poderia me falar a respeito, por favor?

Sobre o suposto desaparecimento leia aqui  
Sobre o reaparecimento leia aqui
Sobre o volume lançado leia aqui

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di...

Vamos pensar? (18)

Será que às vezes o melhor não é se deixar molhar?  

O Mendigo do Viaduto do Chá, Regina Ruth Rincon Caires

     A moeda corrente era o cruzeiro. A passagem de ônibus custava sessenta centavos. O ano era 1974.       Eu trabalhava no centro da cidade, em um banco que ficava na Rua Boa Vista. Morava longe, quase ao final da Avenida Interlagos, e usava diariamente o transporte coletivo. Meu trabalho, no departamento de estatística, resumia-se a somar os números datilografados em planilhas e mais planilhas fornecidas pelas agências do banco. Somas que deveriam ser checadas, e que eram efetuadas nas antigas calculadoras elétricas com suas infernais bobinas, conferidas e grampeadas nas respectivas planilhas. Não fosse o café para espantar o sono durante as diárias e rotineiras oito horas de trabalho, nenhuma soma teria sido confirmada.