Pular para o conteúdo principal

Nobel 2015 vem da Bielorússia.



Chama- se Svetlana Alexievich  a ganhadora do Nobel de literatura de 2015.  Sobre a escritora, a imprensa informa que não existe edição brasileira nem mesmo de seu livro mais famoso "Vozes de Chernobil".



Sobre o livro e a autora,  um dos jurados do Prêmio Nobel, explica:


"Não é só uma história dos eventos, mas das emoções. É um mundo emocional. Os fatos históricos em seus livros, como o desastre de Chernobil ou a guerra soviética no Afeganistão, são apenas pretextos para explorar os indivíduos", afirmou. "Desse modo, ela oferece uma história do ser humano e, ao mesmo tempo, uma história das emoções, uma história da alma."
Para escrever seu livro mais famoso, "Vozes de Chernobil", Alexievich entrevistou mais de 500 testemunhas da maior catástrofe nuclear da história.



 O Fim do Homem Soviético é o único livro de 
Svetlana Alexsievich em português.  Mas temos de comprá-lo em Portugal.

Vamos aguardar. Provavelmente com a premiação 
alguma editora brasileira.

O Prêmio Nobel tem, contando com Svetlana, 14
mulheres agraciadas.

Veja aqui quem são elas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di...

Vamos pensar? (18)

Será que às vezes o melhor não é se deixar molhar?  

O Mendigo do Viaduto do Chá, Regina Ruth Rincon Caires

     A moeda corrente era o cruzeiro. A passagem de ônibus custava sessenta centavos. O ano era 1974.       Eu trabalhava no centro da cidade, em um banco que ficava na Rua Boa Vista. Morava longe, quase ao final da Avenida Interlagos, e usava diariamente o transporte coletivo. Meu trabalho, no departamento de estatística, resumia-se a somar os números datilografados em planilhas e mais planilhas fornecidas pelas agências do banco. Somas que deveriam ser checadas, e que eram efetuadas nas antigas calculadoras elétricas com suas infernais bobinas, conferidas e grampeadas nas respectivas planilhas. Não fosse o café para espantar o sono durante as diárias e rotineiras oito horas de trabalho, nenhuma soma teria sido confirmada.