Pular para o conteúdo principal

Dia Nacional dos Quadrinhos - 30 de janeiro (2)


Cartuns, charges ou caricaturas, ainda no sec.XIX e sempre nas formas de sátiras políticas e sociais,abriram caminho para as HQ que conhecemos hoje. No início surgiram estabelecidos como "tiras" e estavam inseridos em trabalhos jornalísticos. Em 1837 na forma de charge circulou pela primeira vez um desenho de Manuel de Araujo Porto Alegre, que muitos anos depois criaria uma revista de humor político.

Primeira charge do Brasil -1837
Depois, Angelo Agostini criou Nhô Quim e Zé Caipora ambos em 1869, os dois primeiros personagens de HQ do Brasil, também eram introduzidos em publicações jornalisticas de gosto popular.
Somente no início do sec. XX é que surgiu no país uma revista propriamente dita de HQ. Era o ano de 1905 e a revista Tico Tico, cujo principal artista era  J.Carlos
Logotipo da revista - 1905


J. Carlos (1884-1950), é o reponsável pela concepção visual de Zé Carioca de Walt Disney. Porém é muito mais conhecido por seus trabalhos em quase todas as publicações da época e seus próprios personagens. Um dos ícones desta forma de linguagem no Brasil.
J. Carlos -
Imagem do blog universofantástico
(continua)

Leia também:
http://livroerrante.blogspot.com/2011/01/dia-nacional-dos-quadrinhos-30-de_1932.html  (4)

http://livroerrante.blogspot.com/2011/01/dia-nacional-dos-quadrinhos-30-de_31.html      (3)
http://livroerrante.blogspot.com/2011/01/dia-nacional-dos-quadrinhos-30-de.html            (1

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di...

Vamos pensar? (18)

Será que às vezes o melhor não é se deixar molhar?  

O Mendigo do Viaduto do Chá, Regina Ruth Rincon Caires

     A moeda corrente era o cruzeiro. A passagem de ônibus custava sessenta centavos. O ano era 1974.       Eu trabalhava no centro da cidade, em um banco que ficava na Rua Boa Vista. Morava longe, quase ao final da Avenida Interlagos, e usava diariamente o transporte coletivo. Meu trabalho, no departamento de estatística, resumia-se a somar os números datilografados em planilhas e mais planilhas fornecidas pelas agências do banco. Somas que deveriam ser checadas, e que eram efetuadas nas antigas calculadoras elétricas com suas infernais bobinas, conferidas e grampeadas nas respectivas planilhas. Não fosse o café para espantar o sono durante as diárias e rotineiras oito horas de trabalho, nenhuma soma teria sido confirmada.