Pânico, Terror e Aflição
Até que enfim consegui liberar meus errantes.Não sei como foi para vocês, mas até a escolha dos títulos me deixou atarefada. Muito difícil praticar o desapego em relação a tudo que é tão querido, não é mesmo? Libertados: Xangô de Baker Street (Jô Soares), deixado no ônibus 996:O Perfume (Patrick Süskind), deixado no café do cinema Unibanco Artplexe Harry Potter (o 1º da série), deixado na lanchonete ao lado de colégio Pedro II,Sobre o Xangô:Foi o primeiro livro que liberei. Passei três dias andando com ele dentro da bolsa.Eu pensava: não quero deixar no Shopping, as pessoas lá (provavelmente) têm acesso a livros.Banco de ponto de ônibus? E se um desses catadores de lixo jogar meu livro fora? Pior, e se um doido puser no lixo? Paranóia! Eu precisava saber que destino aguardava meu Errante!Por fim, decidi deixar o livro no tal ônibus 996.É um ônibus que liga Rio/Niterói, onde é muito grande o fluxo de estudantes, sobretudo da UFF e PUC.Nesse dia, peguei o do tipo especial, aqueles de turismo. Larguei o livro numa das poltronas e sentei por perto.Umas três pessoas passaram, olharam, mas não sentaram. Quase como se o livro estivesse ali guardando o lugar de alguém.Duas outras pessoas sentaram, olharam para o livro, mas não abriram. Depois como que desconfiadas, mudaram de lugar.O ônibus já estava ficando cheio e um casal buscava duas poltronas juntas.Olharam para o livro, pararam, e acabaram sentando.Qual não foi minha surpresa quando o rapaz simplesmente pegou o livro e jogou lá pra cima, no bagageiro???!!!!Não podia acreditar naquilo! Como alguém não tem nem curiosidade em abrir? Claro que minha vontade foi pegar o livro de volta, mas me contive e deixei lá.SE alguém encontrar, será na hora de limparem o ônibus.Por que essa história toda?Depois disso, resolvi apenas largar os outros dois num canto e partir.Definitivamente, o que os olhos não vêem, o coração não sente!
(Depoimento de Daniela - comunidade Livro Errante )
Até que enfim consegui liberar meus errantes.Não sei como foi para vocês, mas até a escolha dos títulos me deixou atarefada. Muito difícil praticar o desapego em relação a tudo que é tão querido, não é mesmo? Libertados: Xangô de Baker Street (Jô Soares), deixado no ônibus 996:O Perfume (Patrick Süskind), deixado no café do cinema Unibanco Artplexe Harry Potter (o 1º da série), deixado na lanchonete ao lado de colégio Pedro II,Sobre o Xangô:Foi o primeiro livro que liberei. Passei três dias andando com ele dentro da bolsa.Eu pensava: não quero deixar no Shopping, as pessoas lá (provavelmente) têm acesso a livros.Banco de ponto de ônibus? E se um desses catadores de lixo jogar meu livro fora? Pior, e se um doido puser no lixo? Paranóia! Eu precisava saber que destino aguardava meu Errante!Por fim, decidi deixar o livro no tal ônibus 996.É um ônibus que liga Rio/Niterói, onde é muito grande o fluxo de estudantes, sobretudo da UFF e PUC.Nesse dia, peguei o do tipo especial, aqueles de turismo. Larguei o livro numa das poltronas e sentei por perto.Umas três pessoas passaram, olharam, mas não sentaram. Quase como se o livro estivesse ali guardando o lugar de alguém.Duas outras pessoas sentaram, olharam para o livro, mas não abriram. Depois como que desconfiadas, mudaram de lugar.O ônibus já estava ficando cheio e um casal buscava duas poltronas juntas.Olharam para o livro, pararam, e acabaram sentando.Qual não foi minha surpresa quando o rapaz simplesmente pegou o livro e jogou lá pra cima, no bagageiro???!!!!Não podia acreditar naquilo! Como alguém não tem nem curiosidade em abrir? Claro que minha vontade foi pegar o livro de volta, mas me contive e deixei lá.SE alguém encontrar, será na hora de limparem o ônibus.Por que essa história toda?Depois disso, resolvi apenas largar os outros dois num canto e partir.Definitivamente, o que os olhos não vêem, o coração não sente!
(Depoimento de Daniela - comunidade Livro Errante )
Daniela, acho que o fato de você ter pensado "naqueles", que muitas vezes não têm condições de comprar, ou, até mesmo tempo em procurar uma biblioteca pública, foi muito bem pensado. Realmente, ponto de ônibus, passam muitos catadores, e, talvez eles não aproveitariam a grande oportunidade. Parabéns pela atitude. Aqui em minha cidade, além da biblioteca municipal funciona o carro-biblioteca que vai até os bairros mais carentes. Abraços, Eliana _Elianinha -Mogi Guaçu -SP.
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