Pular para o conteúdo principal

Deu Polônia e Austria nos Nobel de Literatura 2018 e 2019



A academia sueca concedeu hoje os prêmios de 2018 e 2019  à escritora polonosa Olga Tokarczuk e ao escritor austríaco Peter Hadkler respectivamente.  

Olga é a décima quinta mulher premiada desde a criação do prêmio em 1901. Veja no blog quais foram as outras mulheres e suas origens, clicando aqui.

A escritora polonesa de 57 anos, só tem um livro editado em português no Basil: Os Vagantes (Ed.Tinta negra 2014). Este livro vai ser reeditado pela ed.Todavia, com o título de Viagens.   a mesma editora lança no mês de novembro o mais novo livro de Olga Tokarczuk: Sobre Os Ossos dos Mortos (Drive Your Plow The Bones of the Dead)


O austríaco Peter Hankle, tem livros em português: Peter Handke: Peças Faladas, com quatro textos de meados dos anos 1960 (Predição, Insulto ao Público, Autoacusação e Gritos de Socorro). E o  romance A Perda da Imagem: Ou Através da Sierra de Gredos, de 2009, e de Don Juan (Narrado Por Ele Mesmo), de 2007




Comentários

  1. nunca tinha ouvido falar, nem lido nada deles. beijos, pedrita
    http://mataharie007.blogspot.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, Pedrita. Eu também nunca tinha ouvido falar deles. Vou tentar ler. Agradeço a visita. Abraço.

      Excluir

Postar um comentário

comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Os Dentes do Jacaré, Sérgio Capparelli. (poema infantil)

De manhã até a noite, jacaré escova os dentes, escova com muito zelo os do meio e os da frente. – E os dentes de trás, jacaré? De manhã escova os da frente e de tarde os dentes do meio, quando vai escovar os de trás, quase morre de receio. – E os dentes de trás, jacaré? Desejava visitar seu compadre crocodilo mas morria de preguiça: Que bocejos! Que cochilos! – Jacaré, e os dentes de trás? Foi a pergunta que ouviu num sonho que então sonhou, caiu da cama assustado e escovou, escovou, escovou. Sérgio Capparelli  CAPPARELLI, S. Boi da Cara Preta. LP&M, 1983. Leia também: Velho Poema Infantil , de Máximo de Moura Santos.