HAI
Eis que
nasce completo
e, ao morrer, morre germe,
o desejo,
analfabeto,
de saber como reger-me,
ah, saber
como me ajeito
para que eu seja quem fui,
eis o que
nasce perfeito
e, ao crescer, diminui.
KAI
Mínimo
templo
para um deus pequeno,
aqui vos
guarda,
em vez da dor que peno,
meu extremo
anjo de vanguarda.
De que
máscara
se gaba sua lástima,
de que vaga
se vangloria sua história,
saiba quem
saiba.
A mim me
basta
a sombra que se deixa,
o corpo que
se afasta.
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