Pular para o conteúdo principal

A História Acompanha o Leitor..



E se você descobrisse que os personagens do livro que começou a ler no Galeão, vão para Lisboa também, e uma semana depois vão para Paris junto com você? Coincidência?
Nem tanto!  Os personagens viajam, sim, junto com você e isso é uma invenção  da FCB para um  programa de milhas. O nome dessa inovação? Trip Book.
 Funciona assim: o ebook, usando uma tecnologia (e-paper) criada exclusivamente para o programa de milhagem, identifica onde o leitor/passageiro está e segue com ele.
Bem a história que está no e-book com a inovação, conta as aventuras de viagem de Theo e Maria Manoela, casal na faixa dos 40 anos de idade que mora em São Paulo e decide dar um tempo nas obrigações cotidianas. Juntos, eles fazem uma viagem para a mesma cidade onde passaram a primeira lua-de-mel, décadas antes, numa tentativa de reviver  a paixão.  Esse é o ponto inicial do romance escrito por Marcelo Rubens Paiva. 
O especial é que o destino do casal vai mudando à medida em que o leitor vai viajando. Se o leitor/passageiro for para Lisboa o casal também ira e a na história serão colocadas referências da bela capital. Entrarão: parques, pontos turísticos, costumes, restaurantes de Lisboa.  História e personagens permanecerão, mas destinos e referências mudarão novamente se o leitor viajar para Nova York. 
Achei bem interessante. Por enquanto somente São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York e Paris, Roma, Buenos Aires, Lisboa estão no roteiro do Smiles.
O ebook, que é o primeiro do tipo lançado no Brasil, poderá ser baixado gratuitamente para tablets pelo aplicativo Trip Book Smiles para os sistemas iOS e Android.

Fonte:Nômades digitais
Imagem:pr.dreamstine.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Os Dentes do Jacaré, Sérgio Capparelli. (poema infantil)

De manhã até a noite, jacaré escova os dentes, escova com muito zelo os do meio e os da frente. – E os dentes de trás, jacaré? De manhã escova os da frente e de tarde os dentes do meio, quando vai escovar os de trás, quase morre de receio. – E os dentes de trás, jacaré? Desejava visitar seu compadre crocodilo mas morria de preguiça: Que bocejos! Que cochilos! – Jacaré, e os dentes de trás? Foi a pergunta que ouviu num sonho que então sonhou, caiu da cama assustado e escovou, escovou, escovou. Sérgio Capparelli  CAPPARELLI, S. Boi da Cara Preta. LP&M, 1983. Leia também: Velho Poema Infantil , de Máximo de Moura Santos.