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Mostrando postagens de outubro, 2011

Drummond é grande e cabe...

O Mundo é Grande Carlos Drummond de Andrade O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar. (No livro: Amar se aprende amando)

Dia D.

  Neste blog tem Carlos Drummond de Andrade: Aqui , aqui , pode ser nessa lasanha também, ou no conto Solange, a namorada , e outras postagens anteriores.

Aniversariante do dia: Carlos Drumond de Andrade

Caricatura:www.william.com.br Miniversos 1 Tudo tem limite exceto  o amor de Brigitte. 2 Tevê colorida fará azul-rósea a cor da vida? 3 Última atração na areia do Leme: a tiro, mata-se a baleia. 4 Acabar com assalto a trens pagadores num momento: suprimindo trens e pagamento. 5 7 anos de idade. muro de Berlim é eternidade. 6 Biafra: A guerra come A safra de sua prória fome. 7 Separatismo espanhol: lado do escuro lado do sol. 8 Quem papa  a pílula poupa parto,papinhas porém perde perúsia. 9 Se o Papa ganha a Parada você me garante que a amazônia será povoada? 10 Às doenças mortais junta-se outra mais: transparente. 11 Estruturas: afinal serão reformadas com soldo integral? 12 Solução 100% (disse Deus) só ser for Presidente o Arigó. 13 Bruxuleia o ciro vocativo a Nossa senhora do Facultativo. 14 O pinto

O Tempo Passa? Não Passa,Carlos Drummond de Andrade

O tempo passa? Não passa no abismo do coração. Lá dentro, perdura a graça do amor, florindo em canção. O tempo nos aproxima cada vez mais, nos reduz a um só verso e uma rima de mãos e olhos, na luz Não há tempo consumido  nem tempo de economizar. O tempo é todo vestido de amor e tempo de amar. O meu tempo e o teu, amada trancendem qualquer medida além do  amor, não há nada, amar é o sumo da vida. São mitos de calendário tanto o ontem como o agora, e o teu aniversário é um nascer toda hora. E nosso amor, que brotou do tempo, não tem idade, pois só quem ama escutou o apelo da eternidade.

Outros Ramos....

Caricatura de Mendez, que eu rabisquei. Irmã,Filhos, netos e bisnetos de Graciliano também são ou foram escritores,  Marili Ramos (Irmã) (Nome verdadeiro: Maria Ramos de Oliveira) Livros de contos: Histórias mal-arranjadas , Ficção e realidade . Biografia: Graciliano Ramos Ricardo Ramos (filho) Livros de contos: Tempo de espera, Terno de Reis, Os Caminhos de Sta. Luzia,Os desertos, Rua Desfeita, Matar Um homem,Toada para Surdos,Circuito Fechado,Toada Para Surdos,Os Inventores Estão Vivos,O Sobrevivente,Os amantes Iluminados. Romances: Memória de Setembro,As Férias Invisíveis ;  Ensaios: Do Reclame à comunicação,Contato Imediato com a Propaganda   Juvenis: Desculpem a Nossa Falha, Pelo amor de Adriana,O Rapto de Sabino    Memória:Graciliano: Retrato Fragmentado. Clara de Medeiros Ramos (filha) Livros: Memória: Mestre Graciliano:confirmação humana de uma obra   Infantis: A estrela pisca pisca ,Zé da Verdade , A formigarra , Cadeia , Memórias da

Graciliano Ramos, Político Como Gostaríamos de Ver.

O aniversário de Graciliano Ramos, coincidindo com mudanças em um ministério motivadas por suspeitas de desvios de verbas, me levam a publicar os relatórios administrativos enviados pelo aniversariante ao governo do  estado de Alagoas, quando de sua gestão na prefeitura da cidade de Palmeira dos Índios. Primeiro Relatório  Graciliano Ramos Relatório ao sr. governador Álvaro Paes Receita – 96:924$985 No orçamento do ano passado houve supressão de várias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto, calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985. E não empreguei rigores excessivos. Fiz apenas isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados, escorchados, esbrugados pelos exatores. (...) Administração – 22:667$748 Figuram 7:034$558 despendidos com a cobrança das rendas, 3:518$000 com a fiscalização e 2:400$000 pagos a u

Hoje é dia de Ramos: Graciliano, o aniversariante (2)

  Pessimismo e romantismo em dois poemas de Graciliano Ramos : G.R: caricatura de: Marcos Guilherme. Céptico Céptico Quanto mais para o céu ergo o olhar compugido, De tristeza repleto e de esperança vazio, Mais encontro impiedoso,agitado e sombrio Sempre o céu que me abte e me torna descrido. É em vão que a crença busco,embalde fantasio Meu passado sem névoa, um passado perdido... Só sinto o coração pulsando colorido Ao peso glacial de um cepticismo frio. Tenho a cabeça em brasa e o pensamento enfermo. A alma se me compunge e tudo é triste e ermo, Nos arcanos sem fim de um peito esquelético. Pesada treva envolve o meu olhar ardente, E mais fico agitado e mais fico descrente quanto mais para o céu ergo oe olhos céptico. (Publicado em O Malho 1901) Fonte:Coleção de Escritores Brasileiros.Antologia&estudos. de: José Carlos Garbuglio,Alfredo Bosi,Valentim Facioli(e participações.Ed.Ática 1987   Velhas Páginas - I Maio varria o campo,enfeitava as florestasas, Engrinaldava a se

Hoje é dia de Ramos: Graciliano, o aniversariante(1)

G.R: caricatura de Borges Dia de Ramos!  o aniversariante deste 27 de outubro é Graciliano de quem podemos encontrar facilmente incontáveis informações na internet. Por essa razão, o blog celebrará o escritor alagoano tentando postar   apenas materiais que levem a um Graciliano Ramos um pouco menos comum.  Correções, bem como sugestões, serão sempre muito bem vindas.

Dois Dedos, Graciliano Ramos

                                                         Parte I      Dr. Silveira atravessou a ante-câmara e aproximou-se do reposteiro.O contínuo velho barrou-lhe a passagem, quis exigir cartão de visita, mas vendo-lhe o rosto, a mão que se agitava como afastando uma coisa importuna,curvou-se,entreabriu o pano verde e foi encolher-se num vão de janela:     - Deve ser troço na política.     Dr. Silveira entrou no gabinete do governador. Entrou de coração leve, como se pisasse em terreno conhecido, os braços alongados para um abraço. Um abraço, perfeitamente. O homem que ali estava fora vizinho dele, colega de escola primária, colega de liceu, amigo íntimo, unha e carne. A mulher de dr. Silveira tinha dito:      - Visita sem jeito. Esqueça-se disso. Política!      E ele respondera:      - Que política! Eu me importo com política? É que fomos criados juntos. Assim, olhe.      Juntava o médio e o indicador da mão direita, de modo que se conservassem em posição horizon

Meu Ziraldo favorito(1) O Menino Maluquinho

Era uma vez um menino maluquinho Ele tinha o olho maior que a barriga tinha fogo no rabo tinha vento nos pés umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo) e macaquinhos no sótão (embora nem soubesse o que significava macaquinhos no sótão). Ele era um menino impossível! A melhor coisa do mundo na casa do menino maluquinho era quando ele voltava da escola A pasta e os livros chegavam sempre primeiro voando na frente Um dia no fim de ano o menino maluquinho chegou em casa com uma bomba: "Mamãe, tou aí com uma bomba!" "Meu neto é um subversivo!" gritou o avô. "Ele vai matar o gato!" gritou a avó. "Tira esse negócio daí!" falou - de novo - a babá.

Meu Ziraldo favorito (2): O Joelho Juvenal,

Era uma vez um joelho que se chamava Juvenal. Juvenal tinha um problema, coitado: vivia todo escalavrado. Também, quem mandou o Juvenal ser o joelho de um menino levado? Juvenal queria muito aprender língua de menino só pra dizer assim: “Menino, tem dó de mim!”Mas, quando o esfolado sarava, Juvenal bem que gostava de correr e de saltar.E ele se desdobrava e se dobrava outra vez todo alegre, pois sabia que, indo e vindo, fazia o menino feliz.E ficava muito atento conversando com o pé (pois o pé e o joelho se falam).– Cuidado aí, companheiro! Pode ser que no meio do caminho tenha uma pedra, tenha uma pedra no caminho...... e aí você tropeça e quem vai sofrer sou eu.Mas, não adiantava nada! O pé sempre tropeçava e lá ia o Juvenal outra vez pra enfermaria!O Juvenal era muito religioso! Mas, tinha um probleminha com a Semana Santa (que vinha logo depois das férias). Imaginem O Juvenal em que estado e

Orgia da Inocência, Ivan Santtana

Jasmineiro.       Imagem: Regina Porto Borboletas Meretrizes Fazem programa No jardim Tão promíscuos, Os beija-flores Beijam rosas, Beijam dálias, Beijam jasmins. Todo dia é assim: Uma orgia de inocência No meu jardim.

Crônica cantada(infantil) Toquinho,Sandy & Júnior

Era Uma Vez (Toquinho) Era uma vez Um lugarzinho no meio do nada Com sabor de chocolate E cheiro de terra molhada... Era uma vez A riqueza contra A simplicidade Uma mostrando prá outra Quem dava mais felicidade... Prá gente ser feliz Tem que cultivar As nossas amizades Os amigos de verdade Prá gente ser feliz Tem que mergulhar Na própria fantasia Na nossa liberdade... Uma história de amor De aventura e de magia Só tem a ver Quem já foi criança um dia... Era uma vez Um lugarzinho no meio do nada Com sabor de chocolate E cheiro de terra molhada... Era uma vez A riqueza contra A simplicidade Uma mostrando prá outra Quem dava mais felicidade... Prá gente ser feliz Tem que cultivar As nossas amizades Os amigos de verdade Prá gente ser feliz Tem que mergulhar Na própria fantasia Na nossa liberdade... Uma história de amor De aventura e de magia Só tem a ver Quem já foi criança um dia...

Top 100: vamos comemorar

Amigos,  Livro Errante está classificado entre os 100 mais votados categoria literatura.  Ficar entre os Top100 nos deixa felizes porque foi nossa primeira participação. Estamos em festa e compartilhamos com todos os que passaram por nossas páginas dando ou não o seu voto. Agradecemos  também o seu apoio. Abraço a todos, L.E

Mudança

Amigos, O blog está mudando e preciso da colaboração de vocês que vieram aqui durante esses anos. Por favor digam, sem reservas,o que  esperam encontrar  no blog e o que  não gosta também.  Quem  quiser pode escrever diretamente para mim através do email que consta  lá  no meu perfil.   Vou considerar todas as opiniões e agradeço desde já. Abraço.

A Arte de Ser Velho, Vinícius de Moraes

     É curioso como, com o avançar dos anos e o aproximar da morte, vão os homens fechando portas atrás de si, numa espécie de pudor de que o vejam enfrentar a velhice que se aproxima. Pelo menos entre nós, latinos da América, e sobretudo, do Brasil. E talvez seja melhor assim; pois se esse sentimento nos subtrai em vida, no sentido de seu aproveitamento no tempo, evita-nos incorrer em desfrutes de que não está isenta, por exemplo, a ancianidade entre alguns povos europeus e de alhures.      Não estou querendo dizer com isso que todos os nossos velhinhos sejam nenhuma flor que se cheire. Temo-los tão pilantras como não importa onde, e com a agravante de praticarem seus malfeitos com menos ingenuidade. Mas, como coletividade, não há dúvida que os velhinhos brasileiros têm mais compostura que a maioria da velhorra internacional (tirante, é claro, a China), embora entreguem mais depressa a rapadura.      Talvez nem seja compostura; talvez seja esse pudor de que falávamos acima, de

Prêmio Jabuti 2011 - Vencedores

                                   Vencedores da  53ª edição do Jabuti 2011: Categoria: Romance Título: Ribamar Autor: José Castello Ed. Bertrand Brasil R$37,00 Categoria: Poesia Título: Em Alguma Parte Alguma Autor: Ferreira Gullar Ed.José Olímpio R$30,00 Categoria: Conto e Crônica Título: Desgracida Autor: Dalton Trevisan Ed.Record R$37,00 Para conhecer todos os premiados, clique aqui

O Poço da Panela, Olegário Mariano

 Igreja Nsa.Sra. da Saúde no Poço da Panela - Imagem: Regina Porto Num remanso bucólico e sombrio Onde atenua a marcha o grande rio, À sombra de recurvas ingàzeiras, Batem roupa,cantando as lavadeiras. Trago ainda nos olhos: é bem ela, A Paisagem do Poço da Panela: A igreja, a casa grande,as gameleiras E ao fundo o pátio verde e as ribanceiras que afagam, num lúbrico arrepio, A corpo adolescente e alvo do rio. Do outro lado da margem - capinzais Da olaria e do sítio de Morais. Morais Pilôto - um português antigo, Compadre de meu Pai, seu grande amigo, A quem seguia como um cão de fila Através da política intranqüila. Homens, éramos dois. Completamente Diferentes em tudo.Eu, manso e doente, Meu irmão insubmisso e insuportável Como um potrinho de expressão saudável Cometendo distúrbios... Meu irmão Levava surras como um boi ladrão. Mas vingava-se em mim. O quanto eu tinha Era nas suas mãos como farinha. Animais de madeira, leões, camelos, Até a minha coleção de selos Êle queimou