Pular para o conteúdo principal

Crônicas da M.P.B:Erasmo Carlos - Festa De Arromba


Festa de Arromba
Erasmo Carlos
Vejam só que Festa de Arromba!
(Bapára!)
No outro dia, eu fui parar...
(Bapára!)
Presentes no local,
o rádio e a televisão;
(Bapára!)
Cinema, mil jornais,
muita gente, confusão...
Quase não consigo
Na entrada chegar,
pois a multidão
estava de amargar!
Hey! Hey! (Hey! Hey!)
Que onda!
Que festa de arromba!...
Logo que eu cheguei, (Bapára!)
notei Ronnie Cord
com um copo na mão.
(Bapára!)
Enquanto Prini Lorez
bancava o anfitrião,
(Bapára!)
apresentando a todo mundo
Meire Pavão...
Wanderléa ria
e Cleide desistia
de agarrar um doce
que do prato não saia!
Hey! Hey! (Hey! Hey!)
Que onda!
Que festa de arromba!...
Renato e seus Blue Caps
tocavam na piscina;
The Clevers no terraço;
Jet Black's no salão;
Os Bells de cabeleira
não podiam tocar
enquanto a Rosemary
não parasse de dançar...
Mas!
Vejam quem chegou de repente:
(Bapára!)
Roberto Carlos em seu novo carrão!
(Bapára!)
Enquanto Tony e Demétrius
fumavam no jardim,
(Bapára!)
Sérgio e Zé Ricardo
esbarravam em mim...
Lá fora um corre corre
dos brotos do lugar:
Era o Ed Wilson
que acabava de chegar!
Hey! Hey! (Hey! Hey!)
Que onda!
Que festa de arromba!...
(Bapára!) (Bapára!) (Bapára!)
Hey! Hey! (Hey! Hey!)
Renato e seus Blus Caps
tocavam na piscina;
The Clevers no terraço;
Jet Black's no salão;
Os Bells de cabeleira
não podiam tocar,
enquanto a Rosemary
não parasse de dançar...
Mas!
Vejam quem chegou de repente:
(Bapára!)
Roberto Carlos em seu novo carrão!
(Bapára!)
Enquanto Tony e Demétrius
fumavam no jardim,
(Bapára!)
Sérgio e Zé Ricardo
esbarravam em mim...
Lá fora um corre corre
dos brotos do lugar:
Era o Ed Wilson
que acabava de chegar
Hey! Hey! (Hey! Hey!)
Que onda!
Que festa de arromba!...(



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Os Dentes do Jacaré, Sérgio Capparelli. (poema infantil)

De manhã até a noite, jacaré escova os dentes, escova com muito zelo os do meio e os da frente. – E os dentes de trás, jacaré? De manhã escova os da frente e de tarde os dentes do meio, quando vai escovar os de trás, quase morre de receio. – E os dentes de trás, jacaré? Desejava visitar seu compadre crocodilo mas morria de preguiça: Que bocejos! Que cochilos! – Jacaré, e os dentes de trás? Foi a pergunta que ouviu num sonho que então sonhou, caiu da cama assustado e escovou, escovou, escovou. Sérgio Capparelli  CAPPARELLI, S. Boi da Cara Preta. LP&M, 1983. Leia também: Velho Poema Infantil , de Máximo de Moura Santos.