Monteiro Lobato (1882-1948) tem seus livros usados nas escolas há muitas décadas. A obra completa, alguns livros e ou alguns personagens de uma forma ou de outra sempre estiveram nas escolas públicas ou particulares do país. Agora, o livro As Caçadas de Pedrinho, escrito em 1933 pode ser proibido porque o Conselho Nacional de Educação, órgão do MEC, acolheu acusação de racismo contra ele. Vamos começar do começo:
O Sr. Antonio Gomes da Costa Neto, servidor da Secretaria de Educação do Distrito Federal fez denúncia à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial afirmando que o livro Caçadas de Pedrinho tem passagens que incitam o preconceito contra os negros. As passagens a que o Sr. Antônio Neto se refere são: descrição da cena em que Tia Nastácia, personagem negra, sobe numa árvore “que nem uma macaca de carvão" a segunda passagem é: Emília, a boneca, adverte para a gravidade de uma guerra das onças contra o Sítio do Picapau Amarelo, dizendo: “Não vai escapar ninguém – nem Tia Nastácia, que tem carne preta”
O senhor Eloi Ferreira de Araújo, ministro da secretaria da Igualdade Racial diz que o conteúdo de Lobato deve ser considerado “racista” e “perverso”. e que para quem tem orgulho de ter a pele negra e o cabelo crespo é duro ver tais passagens do livro. Mas, ressalta o ministrom que não é isso que vai tornar uma criança racista e se posiciona contra o veto ao livro.
A professora Nelly Novaes Coelho diz ser impossível negar a história. "Ela tem a escravidão por base. Isso levou a um preconceito muito fundo e não se pode passar a borracha nisso nem colocar dentro de um armário e fechá-lo". Nelly, estudiosa de autores da literatura infanto juvenil, acrescenta que acha tolice o veto à obra.
O Ministério da Educação anunciou que vai pedir ao CNE que reveja o parecer.
Pessoalmente, acho perda de tempo. As crianças não vão, como nunca aconteceu, ater-se ao preconceito. Todas elas estarão muito mais interessadas no que vai acontecer com Tia Nastácia lá em cima na árvore e com a possível guerra das onças, anunciada pela boneca de pano Emília. O preconceito é adquirido dos pais, amiguinhos e dos professores, não a partir de frases (duríssimas, concordo) de um livro de aventuras. Bastante interessante, por sinal.
(Fonte: Revista Época)
O Sr. Antonio Gomes da Costa Neto, servidor da Secretaria de Educação do Distrito Federal fez denúncia à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial afirmando que o livro Caçadas de Pedrinho tem passagens que incitam o preconceito contra os negros. As passagens a que o Sr. Antônio Neto se refere são: descrição da cena em que Tia Nastácia, personagem negra, sobe numa árvore “que nem uma macaca de carvão" a segunda passagem é: Emília, a boneca, adverte para a gravidade de uma guerra das onças contra o Sítio do Picapau Amarelo, dizendo: “Não vai escapar ninguém – nem Tia Nastácia, que tem carne preta”
O senhor Eloi Ferreira de Araújo, ministro da secretaria da Igualdade Racial diz que o conteúdo de Lobato deve ser considerado “racista” e “perverso”. e que para quem tem orgulho de ter a pele negra e o cabelo crespo é duro ver tais passagens do livro. Mas, ressalta o ministrom que não é isso que vai tornar uma criança racista e se posiciona contra o veto ao livro.
A professora Nelly Novaes Coelho diz ser impossível negar a história. "Ela tem a escravidão por base. Isso levou a um preconceito muito fundo e não se pode passar a borracha nisso nem colocar dentro de um armário e fechá-lo". Nelly, estudiosa de autores da literatura infanto juvenil, acrescenta que acha tolice o veto à obra.
O Ministério da Educação anunciou que vai pedir ao CNE que reveja o parecer.
Pessoalmente, acho perda de tempo. As crianças não vão, como nunca aconteceu, ater-se ao preconceito. Todas elas estarão muito mais interessadas no que vai acontecer com Tia Nastácia lá em cima na árvore e com a possível guerra das onças, anunciada pela boneca de pano Emília. O preconceito é adquirido dos pais, amiguinhos e dos professores, não a partir de frases (duríssimas, concordo) de um livro de aventuras. Bastante interessante, por sinal.
(Fonte: Revista Época)
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