Pular para o conteúdo principal

Livro Errante onde menos se espera







Você esteve no Shopping Aldeota dia 10 de março? Olhou bem para o chão onde pisou no Restaurante Mistura Pauilista? no elevador? e no balcão de uma cafetria? Você que anda apressado, qualquer dia pode encontrar um livro no capô de seu carro estacionado, no toalete de shoping, na cadeira de cinema, banco de praça, assento de ônibus, igreja. Onde menos se espera, tem um Livro Errante em mais de uma capital e grande cidade do país. Gostou da idéia? claro que sim. Simpática não é? Faça o mesmo, deixe aquele livro que você já leu há anos em algum lugar público para que seja lido novamente, deixado, lido etc etc.L.E conta com você. Vamos nessa?

Comentários

  1. Genial!!!

    Adorei essa história de livro errante.

    Também sou apaixonado por livros. Não apenas por literatura de ficção. Gosto muito de não-ficção (ensaios, temas contemporâneos, filosofia, viagens, etc.)

    A não-ficção tem sido um gênero meio esquecido nas colunas e meios literários. Por isso, e também em causa própria -- afinal sou autor de não-ficção! -- tenho procurado dar espaço para livros desse gênero no meu blog: www.ricardoneves.globolog.com.br.

    Estarei noticiando o Livro Errante em meu blog.

    Parabéns pela iniciativa e um abraço.

    Ricardo Neves
    www.ricardoneves.com.br

    ResponderExcluir
  2. Bom dia Ricardo,

    Que bom que gostou. Vamos difundir a idéia, afinal qualquer pessoa pode deixar um livro por aí para ser lido.
    Com relação à não ficção. Talvez o esquecimento a que se refira seja apenas temporário, não? uma entre safra, digamos assim.
    Se vc nos enviar um livro garanto que faço o exemplar andar por vários estados do país.. que tal?
    boa sorte, um abraço.
    L.E

    ResponderExcluir

Postar um comentário

comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Os Dentes do Jacaré, Sérgio Capparelli. (poema infantil)

De manhã até a noite, jacaré escova os dentes, escova com muito zelo os do meio e os da frente. – E os dentes de trás, jacaré? De manhã escova os da frente e de tarde os dentes do meio, quando vai escovar os de trás, quase morre de receio. – E os dentes de trás, jacaré? Desejava visitar seu compadre crocodilo mas morria de preguiça: Que bocejos! Que cochilos! – Jacaré, e os dentes de trás? Foi a pergunta que ouviu num sonho que então sonhou, caiu da cama assustado e escovou, escovou, escovou. Sérgio Capparelli  CAPPARELLI, S. Boi da Cara Preta. LP&M, 1983. Leia também: Velho Poema Infantil , de Máximo de Moura Santos.